SOBRE AS ORIGENS DA TROÇA CARNAVALESCA
O BRINCANTE LIBÓRIO E SUA CONTRIBUIÇÃO
O nosso rico folclore também
traz o desafio de confundir as origens de alguns desses folguedos que acabam de
personagem coadjuvante a uma posição de principal e caracterizar um folguedo
propriamente dito. Vamos encontrar este desdobramento em Limoeiro-Pernambuco,
quando lá o folguedo é levado muito a sério e tendo apenas uma agremiação que
resiste ao tempo somente no transcurso do carnaval. A razão ou motivação que estimulou os brincantes em Limoeiro a
orginar tal tradição narram “ Lê “ e “
Libório “ que há quatro anos mantém este folguedo na resistência foi a
seguinte: um grupo de amigos em um bar bebendo observavam que ao final de uma dessas farras; dois outros amigos
bebiam muita cachaça. Na saída do boteco, os dois bastante embriagados
ensaiavam chegar às suas casas, no mínimo. Um tentava segurar o outro e nada
conseguiam. Tamanha cachaça impedia os dois populares abraçados de segurar um
ao outro. E nesse pra lá e pra cá;
aqueles que assistiam gritavam em gozação no bar: “ Segura o morto ! “
De outro lado alguém dizia: “ Lá vai um
morto segurando um vivo. “ É bom que se compreenda que o termo morto nesta situação designa estado de embriaguez
elevado. O professor e folclorista Roberto Benjamim outrora fez citação a essa
particularidade encontrada em Limoeiro quando
o-morto-carregando-o-vivo se desagrega do bumba-meu-boi ganhando
vida própria nas ruas do carnaval limoeirense. Historicamente falando, a troça
tem presença no cenário carnavalesco em Limoeiro nas décadas de 60 e 70, do
século passado.
A TROÇA CARNAVALESCA O MORTO CARREGANDO O VIVO E O BRINCANTE LIBÓRIO
Reviewed by Centro de Criação Galpão das Artes
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09:07
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