Galpão das Artes, duas décadas de emoções no "palco da vida"

Texto de Alfredo Neto, do Blog do Agreste

“O Galpão é de múltipla função, ação, opção, canção, adição, lição, reação, emoção, menção, doação, oração...”, assim o produtor cultural Clébio Marques descreve o Centro de Criação Galpão das Artes. Um espaço instalado em Limoeiro, mas que importa e exporta produtos cênicos para o mundo. Dezembro passado marcou a celebração dos 20 anos de existência, uma data que remete conquistas, mas ao mesmo tempo desafios. Em tempos de pandemia, o Galpão das Artes conseguiu ser ainda mais resistente.

“É o Galpão das Artes Cênicas, das Artes Visuais, das Artes Plásticas, da Arte-educação”, resumiu Marques em um texto especial pelas duas décadas. Ah, e muito solidário! A comemoração foi arrecadando donativos para ajudar 25 famílias de crianças atendidas pelo Projeto Arte e Educação. Como consegue? Sob a coordenação de Fábio André, o grupo coloca em cena a credibilidade reconhecida por empresas parceiras e benfeitores. Além disso, lives e bazares também colaboraram na arrecadação, totalizando mil feiras entregues.

“Efervescência cultural, social, educacional. Essas intensas e inúmeras atividades evidenciam, na prática, a máxima de São Francisco de Assis: ‘é dando que se recebe”, mais uma fala de Clébio acentua bem o cotidiano da instituição que forma artistas e cidadãos, pois, diante das dificuldades, inclusive, paralização das apresentações, o Galpão arrecadou doações para os circenses itinerantes dos circos Águia de Asa e Palhaço Maluquinho, “ilhados” em Aliança (Mata Norte) e afetados pela pandemia. O apoio segue em 2021.

Parceria – De acordo com André, de junho a dezembro de 2020, o Centro desenvolveu em parceria com o Instituto Padre Luís Cecchin (IPLC) a construção de uma aprendizagem solidária e consistente, buscando troca de valores e repensando a prática pedagógica dos educadores sociais de forma presencial. “No tocante a Lei Aldir Blanc em Limoeiro, recebemos o inciso II que garantiu e subsidiou aspectos de pintura, retelhamento, parte elétrica e hidráulica do prédio num total de R$ 10 mil”, detalha Fábio. Os recursos seguem sendo aplicados na estrutura predial. Incansável, o Galpão das Artes realizará dezenas de ações em 2021.