Dar vida a uma peça do
teatro não é tarefa das mais fáceis. O processo cênico, além de complexo, é
regido, de maneira absoluta, pelo acaso. Por mais planejamento que se faça,
independente das pré-definições desejadas e colocadas em prática, nunca temos a
absoluta certeza do que nos aguarda ao pisar o terreiro sagrado do Deus oculto
nas folhas da videira. Todo espetáculo está sujeito aos caprichos de Dionísio, e
é esse o grande barato de toda estreia: o mistério.
Da concepção à realização
de um espetáculo existe um caminho árduo e prazeroso a ser traçado. Em primeiro
lugar, é preciso dizer que a base de todo processo é, ou ao menos deveria ser,
a pesquisa. Desvendamos e devoramos textos, autores, referências e
possibilidades em busca de um melhor entendimento, ou deglutição, da obra a ser
gerada. O ventre do artista é a morada do infinito e deve ser aproveitado como
tal.
Paralelo ao trabalho de
pesquisa, que é contínuo e acontece inclusive durante temporadas, é preciso,
explicando a grosso modo, colocar a peça “em pé”. O trabalho de palco, que é
indissociável de todo processo, envolve inúmeros passos. A composição de
personagens, por exemplo, acontece de maneira minuciosa, o que demanda tempo e dedicação
integral. Diretores, atores, técnicos, prestadores de serviço; manter uma
unidade de pensamentos e desejos coletivos em um processo artístico não é algo
simples, convenhamos.
ENSAIO ABERTO COM PEÇA DE SUASSUNA FOI NESTA SEXTA DIA 22
Reviewed by Centro de Criação Galpão das Artes
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13:05
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Lindo texto!
ResponderExcluirExemplifica verdadeiramente o que nós estamos vivendo no momento.
Sigamos em frente em direção ao prazer. Viva o teatro!