Com o tema voltado a cultura da infância o Centro de Criação Galpão das Artes abre suas portas objetivando proteger e salvaguardar os brinquedos populares e tradicionais provocando um reencantamento nos adultos que conviveram muito bem com esses objetos fabulosos.
Também de fundamental importância para se entender o brinquedo, é estudar a fase humana de vida que está intitulada como “infância”. Considerando que brinquedo e infância estão associados, e que a tecnologia vem contribuindo para que as crianças sintam-se atraídas por objetos que ajudam a fazer a imaginação soltar-se, faz-se uma tentativa de estudar essas tendências da atividade humana por meio de um resgate histórico. Na medida em que os espaços para a expressão da brincadeira natural da criança diminuem, primeiro com a restrição imposta pelos espaços urbanos, pela extinção dos quintais, pela restrição da vida aos apartamentos, pela violência da rua, e especialmente pela disponibilização de brinquedos eletrônicos que permitem a criança brincar sozinha ou “on line”, mais se discute sobre a importância do brinquedo e do brincar na formação da criança. Brincar é um direito da criança, direito reconhecido pela legislação do Estado como a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional de 1996 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 1998. A criança começa a brincar desde bebê. Mesmo antes de brincar com objetos, brinca consigo mesma e com as pessoas a cujos cuidados está submetida, brinca abrindo e fechando os olhos e com isto fazendo o mundo desaparecer. Na medida em que cresce e que adquire maturidade neuronal com o consequente maior controle dos movimentos, os objetos ao seu alcance passam a fazer parte das brincadeiras e do conhecimento do mundo que a cerca. A curiosidade de saber como as coisas funcionam é um dos motivos que a levam a esta exploração, e as mãos são o instrumento possível então.
O Centro de Criação Galpão das Artes, em Limoeiro ( agreste pernambucano ), recebe a exposição VAIVÉM DO LÚDICO, que conta com um acervo de vários brinquedos utilizados pela infância de antigamente e que ainda estão presentes nas comunidades interioranas do nordeste brasileiro. A exposição será aberta aos parceiros da instituição e convidados às 20h desta próxima quinta-feira (07 /07). Já a visitação aos interessados acontecerá somente até o dia 10 de julho, no endereço que fica à rua Vigário Joaquim Pinto, nº 465, bem no coração da cidade de Limoeiro. A entrada na exposição, ao invés de pagamento o visitante doará leite em pó que ser revertido as comunidades carentes do município sede do Centro de Criação Galpão das Artes..
O acervo pertence ao Centro de Criação Galpão das Artes. As peças foram coletadas ao longo dos últimos 05 anos, durante pesquisas de campo em diversas cidades do interior de Pernambuco, mais precisamente no agreste e zona da mata norte.
Os brinquedos que estarão em exposição segue uma apresentação a técnica de móbiles, onde identifica-se a vastidão de brinquedos populares e tradicionais não mais encontrados com tanta facilidade nos dias atuais. Portanto, a dinâmica dos móbiles permite e ver em dimensões outras os próprios brinquedos flutuando e girando, o que também causa todo um encantamento, adverte Fábio André, responsável pela pesquisa e exposição da coleção e também presidente da respectiva instituição cultural de Limoeiro.
O móbile é uma peça muito interessante de criar porque pode-se pensar na mobilidade como um todo. É quase como um brinquedo. Se você fechar os olhos e lembrar-se daqueles penduricalhos nos berços ou carrinhos de bebê, estamos falando quase da mesma coisa, só que em outras proporções e propósitos. Portanto, criar um móbile é criar uma atração para quem está vendo. Não há regras determinadas. Uma ótima dica antes de partir para a criação de um móbile é você sentar-se com o produtor gráfico ou a empresa especializada em fazer esse tipo de material e ver o que eles podem oferecer. Certamente, ficará maravilhado com as inúmeras possibilidades. E como estamos falando de uma peça que praticamente dispensa regras para ser criada, você está diante de algo que vai depender muito do seu bom gosto e sensibilidade. Móbiles podem ser feitos em papelão, PVC, infláveis. Permitem uma infinidade de formas. Abuse. Aproveite do produto. Recorte a imagem. Faça o móbile ter duas, até três partes, ligando as partes por um fio de náilon transparente.
CONTATO :
Centro de Criação Galpão das Artes
Rua Vigário Joaquim Pinto, nº 450
Limoeiro - Pernmabuco
Fábio André de Andrade Silva, arte educador e produtor cultural
81 . 9 9684 . 0567 / 81 9 9739 . 6207
EXPOSIÇÃO O VAIVÉM DO LÚDICO – CULTURA DA INFÂNCIA
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