O OLHAR DE FLÁVIA SUASSUNA SOBRE O PERU DO CÃO COXO NO ÚLTIMO DIA 10 DE JANEIRO NO TEATRO DE SANTA ISABEL
Assisti à encenação de O
PERU DO CÃO COXO, primeiro ato da peça A FARSA DA BOA PREGUIÇA, de Ariano
Suassuna, durante o 26º JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS no Teatro Santa Isabel
na última sexta-feira. Como madrinha do grupo teatral do Galpão das Artes, de
Limoeiro, já havia visto a apresentação dezenas de vezes.
Mas houve algo mais
nesse dia. Não sei direito o que foi: talvez a materialização do movimento MÃOS
DADAS, sabe, aquela coisa que marcou o ano de 2019 – “Ninguém solta a mão de
ninguém” –, mas que ainda estava latente dentro de cada um, e que a gente não
sabia como fazer de verdade. Senti na apresentação exatamente isto: para que
ela se realizasse, houve muitas mãos dadas, visíveis e invisíveis.
No plano
visível, posso citar organizadores, publicitários, técnicos, atores, diretores,
voluntários e espectadores que, juntos, viabilizaram um verdadeiro espetáculo
teatral, com todos os detalhes a que se tem direito: cenário, figurinos,
iluminação, música, texto... tudo belo! Mas, naquele diz, meu coração também
viu muita coisa: a energia do Teatro Santa Isabel potencializou os elementos
cênicos; atualizou os esforços de resistência, de luta, de compartilhamento de
ideias e afetos que já houve entre suas paredes; permitiu o dar as mãos de
pessoas presentes e ausentes; confirmou a arte como caminho para a gente ser,
pensar, sentir e agir juntos, para somar.
Ariano Suassuna deve estar
satisfeito: sua teimosia, sua esperança e o calor de suas mão ainda estão entre
nós, graças a pessoas que não desistem de viver e de tentar, como os que
estavam ali de corpo e alma.
O OLHAR DE FLÁVIA SUASSUNA SOBRE O PERU DO CÃO COXO NO ÚLTIMO DIA 10 DE JANEIRO NO TEATRO DE SANTA ISABEL
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